segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013



Baby, it´s a digital world!

2010 foi o ano que eu me desesperei. Dessa vez, pelo seguinte motivo: o futuro do livro impresso. Oh no! Torci o nariz a primeira vez que ouvi falar do ebook ( o livro digital). Senti uma dor (de verdade) quando soube que a Amazon estava vendendo como água o famoso Kindle, aparelho para leitura dos ebooks(amazom.com.br).

Não tive sossego,desde então.
Respirava fundo e dava aquela tosse de desconforto ao lado de pessoas lendo seus livrinhos digitais no metrô. Fechava os olhos para amigos que tentavam convencer-me: “Veja, dá pra baixar milhares de livros de graça; e comprar outros bem baratos”...

Acompanhava, torturando-me, notícias que inundavam jornais e revistas sobre o futuro do livro e das livrarias... O que seria de mim sem o cheirinho do livro e o achonchego entre as estantes...?Recusava-me até a tocar num kindle, vai que a febre do e-book pegava!

Ah, mas nada como o tempo pra mudar nossas opiniões.Calma, eu ainda não tenho um kindle.Mas já sou tão modernina que baixei o app dele no meu laptop para “ver” como a coisa funcionava. Baixei alguns livros gratuitos e confesso, it´s not that bad!Fui além.‘Ganhei’ (roubei do meu marido) um Ipad e me rendi ao Império da Maçã. Pronto, não me faltava mais nada...Até que terminei de escrever meu primeiro livro e mergulhei no mundo misterioso das editoras. De lembrança, delas guardei uma coleção de “nãos” e sabendo que ainda me restam poucas esperanças, como concursos literários ou um bilhete da loteria, decidi “rever meus conceitos”(sou clichê, não disse?)

Editoras,livrarias e distribuidoras do mundo inteiro estão em cima do muro.As do Brasil que o digam.A Amazon enfrentou uma grande burocracia pra poder inciar as vendas dos Kindles e dos livros digitais no Brasil. Têm elas razão de ficarem assustadas, como eu fiquei.A Amazon UK, no Reino Unido, já vende mais e-books que livros impressos (http://www.bbc.co.uk/news/technology-19148146 artigo da BBC, em inglês).Por outro lado, o mercado de leitores parece estagnado e editoras e livrarias não têm dinheiro (nem correm o risco de) pra apostar em muitos escritores.A realidade é que muitos livros publicados não vendem! 

O debate sobre os livros digitais apenas começou.Não há uma semana que não publiquem um artigo sobre tal assunto. Eu agora vejo essa mudança com naturalidade. As pessoas estão cada vez mais abertas às novidades tecnológicas e no caso do Brasil,os gadgets (como tablets e smartphones)estão mais acessíveis ao público. 

Ponto a favor do pobre escritor independente!Mas a coisa não é tão fácil quanto parece.Publicar um livro na Amazon não exige muito esforço, aparentemente.Mas, escritores ainda precisam de editores, ilustradores e de um bom joguinho de marketing.

O lado positivo(e o qual me apoio no momento) da plataforma da Amazon é oferecer um espaço a escritores rejeitados os quais poderão mostrar seus trabalhos a um público diverso. É um canal gratuito e escritores devem fazer uso dele.Por que não?

As vantagens iniciais já me convencem de pelo menos farejar um pouco mais o livro digital: salvam-se árvores (imagine as pilhas de livros que não vendem e que nunca venderão em grandes quantidades, tanto papel no lixo!);o escritor ganha a liberdade de publicar o que bem entende, sem se subjugar às restrições das editoras.O livro digital alcança aqueles que não têm acesso às livrarias ou bibliotecas; são também mais baratos que livros impressos. 

Ainda estou engatinhando nesse processo de publicar um livro digital.Neste exato momento, aguardo a edição e correção dos meus textos por olhinhos mais saudáveis e atentos que os meus.Um escritor ‘fica cego’ para o que escreve.Nos próximos posts, contarei mais detalhes desse processo. Não se esqueça: uma boa edição e correção gramatical são essenciais antes de publicar qualquer livro digital. 

That´s all for now!Sei que no Brasil todos estão em clima de carnaval.E quem é feito de ‘carne’ tem mais é que curtir a festa de verdade. Na terra da rainha, que nunca ou-viu um pandeiro, resta-me sambar uma saudade disfarçada de nostalgia. 

Até o próximo post, ‘mas quem é você?’   

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